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Câncer de pele no verão: alerta para a saúde dos capixabas

Dezembro Laranja busca conscientizar a população sobre a doença, que representa 30% dos tumores malignos no país

por Equipe ACQF

Com a chegada do verão e o recente aumento das temperaturas, os capixabas já começaram a aproveitar o sol e as praias, porém, é também o momento em que os cuidados com a pele devem ser intensificados. Segundo o Instituo Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é um dos tipos mais comuns no estado, com cerca de 3,6 mil casos anuais, muitos diagnosticados de forma tardia.

Iniciando-se em 22 de dezembro, oficialmente, a temporada de verão no Brasil traz não apenas o clima quente, mas também a necessidade de atenção redobrada à saúde da pele. Por conta disso, é promovida a campanha Dezembro Laranja, idealizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O objetivo primordial é conscientizar a população sobre o câncer de pele, que representa 30% dos tumores malignos no país.

A elevada incidência da doença está diretamente ligada à rotina de exposição solar dos brasileiros, é o que afirma o oncologista da Oncoclínicas Espírito Santo, unidade Neon, Maurício Baptista Pereira. “O risco de desenvolver o câncer de pele está relacionado à exposição acumulada de radiação ultravioleta, encontrada nos raios solares e utilizada para bronzeamento artificial. Nessa temporada de verão, é fundamental que os capixabas se lembrem de adotar medidas preventivas para proteger a saúde da pele. O Dezembro Laranja é um chamado para a conscientização e promoção de ações efetivas no combate ao câncer de pele, visando assim uma estação mais saudável e segura para todos.”

Além do dezembro vermelho, para o HIV-Aids, ainda há o dezembro amarelo, para o câncer de pele | Imagem: Divulgação

 

Tipos de câncer de pele

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum e, apesar da baixa letalidade, apresenta elevada incidência, sendo responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Dentre eles, o carcinoma basocelular é o mais prevalente e menos agressivo que o carcinoma espinocelular. “A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos diferentes tipos de câncer”, conta o oncologista.

Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma, que se origina dos melanóticos, é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente no país. Geralmente, se apresentam como manchas escuras e podem ocorrer em outras partes do corpo, como na retina. “O principal fator de risco do melanoma é a exposição ao sol, que resulta em queimaduras solares, principalmente a que ocorre antes da adolescência.”

Sintomas

O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado pode identificar o câncer de pele, que é diagnosticado por biópsia, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

  • Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Pinta preta ou castanha maiores, com assimetria, bordas irregulares, que apresentam mais de uma cor e que apresentam mudanças ao longo do tempo;
  • Mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Além de todos esses sinais e sintomas, melanomas metastáticos podem apresentar outros, que variam de acordo com a área para onde o câncer avançou. Isso pode incluir nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abdominais e de cabeça, por exemplo.

Prevenir é a melhor solução

O especialista ressalta que é crucial compreender que a prevenção é a chave para reduzir a incidência dessa doença. “A exposição excessiva ao sol, sem a devida proteção, pode desencadear danos sérios à pele, resultando em um maior risco de câncer. O uso de protetor solar, roupas adequadas e a busca por sombras em horários de pico solar são medidas essenciais para mitigar esse risco”, afirma.

Além disso, a conscientização sobre a importância do autoexame regular da pele e a busca por avaliações médicas periódicas são passos fundamentais na detecção precoce do câncer de pele, aumentando, assim, as chances de um tratamento eficaz.

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