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De ‘A até E’, hepatologista do Hucam-Ufes explica quais são os tipos de hepatites virais

Julho é o mês de ações de vigilância, prevenção e controle dessas doenças

por Equipe ACQF

Cansaço, febre, mal-estar, enjoo, vômitos, tontura, dores abdominais, urina escura, fezes claras, olhos e pele amarelados são alguns sintomas que as hepatites virais podem desencadear. O problema é que essas doenças são, na maioria dos casos, silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas.

“Para diagnosticar as hepatites virais o paciente deverá realizar as sorologias virais para pesquisa das hepatites B e C. Como são doenças assintomáticas, as manifestações clínicas geralmente surgem quando o paciente apresenta alguma complicação da doença, como, por exemplo, a evolução para cirrose hepática ou o surgimento do câncer de fígado”, explica a hepatologista do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes), Izabelle Signorelli.

O que são as hepatites virais?

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

O mês de julho foi instituído como mês de ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, através da Lei nº 13.802/2019, que criou o “Julho Amarelo”.

As hepatites virais são classificadas pelas letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E.

Hepatite A:

é a infecção mais comum e com sintomas leves, geralmente desaparece sozinha e seu contágio está relacionado a questões de higiene e saneamento básico.

Hepatite B:

“O contágio da hepatite B geralmente ocorre por contato sexual ou sangue de paciente infectado, podendo também ocorrer por transmissão vertical (mãe para filho no parto)”, explica Izabelle. Vacina e uso de preservativo nas relações sexuais são as formas mais eficazes de prevenção. Há medicamentos que controlam a replicação do vírus.

Hepatite C:

a médica afirma que a transmissão ocorre principalmente por contato com sangue contaminado. É a principal causa para a necessidade de transplantes de fígado, podendo desencadear também cirrose e câncer de fígado. “Todos os pacientes diagnosticados têm indicação de tratamento e, atualmente, temos medicamentos altamente eficazes e com pouquíssimos efeitos colaterais. Acredita-se que em alguns anos a hepatite C não existirá mais no mundo”, esclarece Izabelle.

Hepatite D:

a vacinação contra Hepatite B também previne contra a Hepatite D, já que a segunda só ocorre em pacientes infectados pelo vírus da Hepatite B.

Hepatite E:

transmitida pela via digestiva (transmissão fecal-oral), principalmente por consumo de água contaminada, a Hepatite é de curta duração e autolimitada, sendo considerada uma doença de caráter benigno. Casos graves são verificados apenas em gestantes que contraem o vírus.

Prevenção

“Vacinação contra hepatite B, uso de preservativo, não compartilhar seringas nos usuários de drogas injetáveis e canudos nos usuários de drogas inalatórias, utilizar material esterilizado em manicures e pedicures, procurar locais de confiança e higienizados ao fazer tatuagens são algumas recomendações gerais para prevenir as hepatites”, comenta a hepatologista.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para todos os tipos de hepatite, independentemente do grau de lesão do fígado. É recomendado que pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, que é gratuito, em qualquer posto de saúde.

Sobre a Rede Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Texto: Unidade de Comunicação Regional 23/Hucam

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