Nesta segunda-feira (15) é comemorado o Dia do Assistente Social. Atualmente, mais de 180 assistentes sociais atuam na Secretaria da Saúde (Sesa), auxiliando no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) capixaba, em áreas de gestão como na Regulação, Atenção à Saúde, Vigilância, além da atuação nos serviços de saúde, como hospitais e unidades básicas.
A Sesa parabeniza a todos os assistentes sociais capixabas, neste dia 15, e traz relatos e vivências de profissionais que, mesmo em diferentes espaços, têm a sua rotina marcada pelo amor à profissão e à contribuição à saúde dos usuários do SUS.
Na área da saúde, o assistente social tem um importante papel na assistência à população no dia a dia de atendimento nos serviços, com prerrogativa legal de atuar na intervenção da questão social, visando à redução das desigualdades sociais e à garantia do acesso às políticas públicas, além de contribuir com um olhar de acolhimento e fortalecimento da adesão ao tratamento e estreitamento dos vínculos com os serviços.
“Contribuímos no planejamento, na gestão, na avaliação e na execução de programas, projetos e serviços buscando a inserção dos usuários e dos demais trabalhadores nas deliberações da política de saúde, reforçando a importância da participação social e a garantia de acesso aos serviços. Na Sesa, a minha principal atribuição é chefiar o espaço institucional responsável pela regulação de leitos hospitalares do Estado, visando à garantia do acesso dos usuários ao recurso que necessitam, no menor tempo e no local e tempo oportuno”, explicou a chefe do Núcleo Especial de Regulação de Internação (NERI), da Sesa, e assistente social, Elaine Leppaus.
Além dessas características, a assistente social Daysi Behning, gerente de Políticas e Organização das Redes (Geporas) da Sesa, conta que a profissão contribui também com o olhar integral, “atento às questões sociais, o direito da pessoa, o ambiente que ela vive, valorizando sua história e cultura. E o que me motiva como profissional Assistente Social é, principalmente, poder contribuir com a garantia do direito à saúde de qualidade e resolutiva ao cidadão capixaba”, disse.
E o impacto das ações e/ou tarefas que executam, seja no atendimento direto ou na elaboração e implementação de políticas públicas, que torna a profissão ainda mais recompensadora, como pontua Cristiano de Araújo, que atua na Gerência de Demandas Judiciais, da Sesa, por meio do Laboratório de Direito à Saúde e Inovação Lab Sus+Justiça.
“É muito gratificante a gente ver que uma pessoa que atendemos foi bem atendida e cuidada, teve suas necessidades atendidas, por exemplo, se recuperou da doença, conseguiu os insumos que precisava, encontrou familiares, ou foi protegida, ou ainda quando uma política em que trabalhamos na elaboração foi implementada e está fazendo efeitos na vida das pessoas”, enfatizou Araújo.
Na Vigilância em Saúde atuando como uma das referências técnicas na Coordenação Estadual de IST/AIDS, Julimar Soares França, ressalta também o papel motivador do assistente social no fortalecimento do SUS, a exemplo da luta contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), que ocorre desde o final dos anos de 1980.
“Vivenciamos na Coordenação diferentes frentes de trabalho, com uma atuação articulada junto aos municípios, aos movimentos sociais e às organizações da sociedade civil, contribuindo na elaboração e execução de treinamentos para o aperfeiçoamento contínuo dos profissionais, na elaboração de campanhas, no planejamento e execução de atividades comemorativas e de prevenção”, elencou Julimar.
O olhar do assistente social à saúde
Segundo Cristiano de Araújo, assistente social que atua na Gerência de Demandas Judiciais, a sua profissão traz ao trabalhador uma formação ampla, o que auxilia diariamente a atuação na saúde.
“O assistente social tem uma formação ampla, generalista, conhece um pouco de muitos temas e tem um olhar direcionado para a intersetorialidade e para a necessidade de organização em redes das políticas setoriais. Nesse sentido, contribui para o SUS ao promover o diálogo com outras políticas setoriais. Além disso, ele contribui com o sistema de saúde trazendo um olhar para aspectos da dimensão ou determinação social de saúde e doença, e como esses processos se relacionam com as condições de vida e trabalho da população, impactando, sobretudo, os mais pobres e vulneráveis”, destacou.
A colega de profissão, Elaine Leppaus ressalta também a importância do trabalho multidisciplinar e do comprometimento no processo de cuidado dos usuários. “A atuação do assistente social se diferencia da ação dos demais profissionais pela expertise na articulação entre as diversas políticas, e o que mais me estimula e inspira a continuar é a possibilidade de fazer a diferença na vida dos cidadãos”.