Dados da política de propriedade intelectual do país confirmam que as instituições públicas federais concentram a produção científica nacional. Em 2019, das 286 instituições que preencheram o Formulário para Informações sobre a Política de Propriedade Intelectual das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação do Brasil (Formict), 69,2% apresentaram-se como instituições públicas e 70,2% como federais. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (26) pela Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em comemoração ao Dia Mundial da Propriedade Intelectual, em 26 de abril último.
“A gente entende que essas instituições são essenciais para o desenvolvimento e a inovação tecnológica. E a propriedade intelectual é fundamental para a inovação e a competitividade do país”, ressaltou o coordenador-geral de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, José Afonso Cosmo Júnior.
Produção científica nacional
Segundo a analista Denise Pereira, os dados também confirmam a assimetria regional que ainda marca a produção científica nacional. “A pesquisa mostra que 70% dos Institutos de Ciência e Tecnologia estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste, mas a diferença regional vem diminuindo ao longo do tempo”, disse.
A coordenadora de Parcerias Estratégicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Débora Carvalho, enfatizou a importância da conexão entre empresa, academia e governo. Ela acredita que o grande desafio é conectar as instituições de ensino com as empresas. “A ideia da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) é fazer essa conexão acontecer. O Brasil está em 78º lugar no Ranking GII 2022 (Global Innovation Index) de colaboração entre empresa e universidade. A gente não consegue fazer essa comunicação entre empresas e ICTs e colocar no mercado mais inovação para ter um impacto social para a população”, explicou.
O relatório completo do FORMICT ode ser acessado clicando neste link.