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Novos estudos abrem caminho para avanços no tratamento da esclerose múltipla

Neuroimunologista do Espírito Santo está participando de dois estudos sobre medicamentos que podem reduzir a progressão da incapacidade provocada pela doença

por Equipe ACQF

A esclerose múltipla (EM), doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central, tem se mostrado alvo de intensas investigações científicas em todo o mundo, trazendo esperança para pacientes que lidam com seus desafios diários. No Brasil, estima-se que cerca de 40 mil pessoas vivam com EM, enfrentando os desafios diários que a doença impõe.

O neuroimunologista da Oncoclínicas Espírito Santo, unidade Imunomed, Alexandre Marreco, destaca dois estudos, dos quais ele faz parte, que estão investigando o potencial de dois medicamentos que tem o objetivo de reduzir a progressão da incapacidade provocada pela doença – Remibrutinibe (pesquisa de nome Remodel) e Evobrutinibe (pesquisa de nome Evolution).

Os medicamentos em questão estão atualmente em fase 3 de testes clínicos, um estágio crucial no desenvolvimento de novas terapias. “Nesta fase, a nova medicação é comparada com as terapias já existentes. O objetivo principal é determinar a relação risco/benefício a curto e longo prazo e o valor terapêutico do produto. Essa etapa envolve a avaliação das reações adversas mais frequentes e a comparação da nova medicação com as opções já disponíveis”, explica Marreco.

O especialista ressalta que os estudos estão sendo conduzidos em diversos centros de pesquisa em todo o mundo, com resultados promissores já publicados no Neurology Journals. “A obtenção de resultados positivos nesse estágio é um passo relevante para a futura comercialização desses medicamentos”, acrescenta o médico. Após a conclusão de todas as etapas de pesquisa, as autoridades regulatórias, como a ANVISA no Brasil, avaliarão os resultados e, se aprovados, permitirão a prescrição desses tratamentos aos pacientes.

O neuroimunologista do Espírito Santo desempenha um papel importante nesses estudos. Ele é responsável por avaliar os pacientes desde o início do tratamento, monitorando a resposta terapêutica alcançada e identificando possíveis efeitos adversos.

O que é a EM?

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central, ou seja, o cérebro, a medula espinhal e os nervos ópticos. “Ela ocorre quando o sistema imunológico do corpo erroneamente ataca a mielina, que é a substância que protege as fibras nervosas, resultando em inflamação e danos nos nervos. A EM é uma condição complexa e variável, o que significa que os sintomas e a progressão da doença podem variar amplamente de pessoa para pessoa”, afirma o especialista.

Sintomas e diagnóstico

De acordo com Marreco, os sintomas da EM podem ser diversos e incluem fadiga, visão embaçada ou dupla, fraqueza, dormência ou formigamento, além de problemas de coordenação motora e de equilíbrio.

O diagnóstico geralmente é feito por meio de uma combinação da história do paciente, exame físico, exames de imagem (como a Ressonância Magnética) e o exame do líquido cefalorraquidiano. A presença de lesões desmielinizantes em diferentes áreas do sistema nervoso central ao longo do tempo, juntamente com a exclusão de outras condições semelhantes, sugerem a possibilidade do diagnóstico.

Neuroimunologista Alexandre Marreco, destaca dois estudos, dos quais ele faz parte, que estão investigando o potencial de dois medicamentos poara combater a esclerose múltima | Foto: Divulgação

Tratamento

Quanto aos tratamentos, Marreco ressalta que não há cura definitiva, mas existem abordagens que podem ajudar a controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. “O tratamento da EM deve incluir medicamentos imunomoduladores ou imunossupressores para reduzir a chance de novos surtos da doença, além de tratamentos sintomáticos para controle de queixas como a fadiga, espasticidade, dor e depressão”, ressalta.

A reabilitação também é fundamental para melhorar a função física e cognitiva do paciente, assim como um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares, controle do estresse e um sono de qualidade.

É importante ressaltar que a EM é altamente variável, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais de cada paciente. A orientação médica é essencial para o diagnóstico e gerenciamento adequado da doença. Leia os artigos do especialista em publicitações cientificas internacionais, clicando neste link.

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