Duas pacientes com histórias parecidas se encontraram, de forma não programada, em uma consulta de retorno no Hospital Estadual Central – Dr. Benício Tavares Pereira (HEC), em Vitória. Ambas são pacientes que comemoram os resultados positivos de seus procedimentos neurocirúrgicos, que garantiram a recuperação de movimentos perdidos, por meses, devido a problemas na coluna.
Essas são as histórias de Lucinéia Maria Pereira, de 58 anos, e Camila da Ressureição, de 35 anos, operadas pelo neurocirurgião Fabrízio Isaac Schwab Leite — uma há cinco meses e outra há pouco mais de 20 dias, consecutivamente.
Descompressão da coluna
A primeira delas a operar, Lucineia Pereira, fez uma descompressão da coluna para corrigir uma lesão na região cervical. Ela entrou no hospital, em outubro, sem mexer as pernas. Agora, comemora a alegria de ter todos os movimentos restabelecido. “Eu cheguei ao hospital amparada por duas pessoas e usei cadeira de rodas por um ano e meio. Fiz a cirurgia em uma tarde, no outro dia, pela manhã, minhas pernas já mexiam”, conta.
“Quando cheguei, não tinha esperança nenhuma de ficar boa. Mas, hoje, vim do ponto de ônibus até aqui andando, vim por prazer, eu quero andar”, completou Lucineia Pereira.
Artrodese
Já Camila da Ressureição fez um procedimento chamado Artrodese, para alinhar a região da coluna acometida por uma infecção originada em um foco a distância. Com apenas 20 dias depois da cirurgia, a paciente também recuperou muito da mobilidade perdida.
Ela disse ter ficado ainda mais motivada. Ela conta que antes da cirurgia não tinha mais força para andar e estava se sentindo sem esperança. “Minha esperança está voltando, já estava sem esperança para nada. Tô movimentando devagarzinho as pernas, que eu já não movimentava, não tinha esperança para nada. Agora, vou voltar com meus planos todos de novo, voltar a trabalhar, voltar criar minhas filhas. Tenho três filhas”, disse Camila da Ressureição.
O médico Fabrízio Leite destacou que ambas estavam com acometimentos sérios na coluna e tiveram respostas muito positiva aos seus respectivos tratamentos. “Elas chegaram apresentando sequelas neurológicas que levaram à redução de força muscular e, consequentemente, à perda de movimentos. A evolução delas foi notável. É muito bom poder encontrar as duas em plena recuperação”, comentou.