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Sesa-ES adota dose única da vacina HPV para crianças, mas mantém 3 doses para demais grupos

por Equipe ACQF

A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa-ES) informa que passou a adotar o esquema de dose única da vacina HPV, disponibilizada às crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de todo Estado. Mas, avisa que mantém as recomendações de esquema de três doses para os demais grupos, como imunocomprometidos e vítimas de violência sexual.

Em relação à adesão deste imunizante, considerando o esquema de dose única (D1), o Espírito Santo alcançou a meta preconizada pelo órgão federal, de 80% de cobertura vacinal, nos públicos feminino e masculino no ano de 2023. A cobertura de D1 em meninas foi de 93,67% e em meninos de 82,53%. As estratégias de vacinação são de competência municipal. Quanto à imunização de imunocomprometidos, em 2023 foram 179 imunizados.

A Sesa esclarece que a vacina HPV é disponibilizada na rotina, já incorporada no Calendário Nacional de Vacinação.E acrescenta que as pessoas imunocomprometidas de 9 a 45 anos possam receber a vacina HPV, elas devem se dirigir a um serviço de vacinação com a prescrição médica e solicitar o imunizante.

Quem são os imunosuprimidos com direito à vacina HPV

Atualmente estão contemplados os seguintes imunocomprometidos: pessoas com câncer; transplantados; pessoas com HIV/AIDS; e pessoas com doenças autoimunes. Além disso, podem receber o imunizante com esquema de três doses também pessoas vítimas de violência sexual. E nessa nova atualização, o Ministério da Saúde incluiu também pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PPR).

Já a adoção da dose única da vacina HPV será somente para as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.  A atualização, de duas doses para crianças, para uma única, acontece seguindo normativa do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, publicada nesta terça-feira (02), por meio da Nota Técnica Nº 41/2024.

Segundo o órgão federal, a adoção da dose única acompanha as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e por meio de evidências científicas em demais países que incorporaram este esquema em fornecer proteção contra o câncer de colo do útero igual ao de duas ou três doses em ambientes de altas coberturas vacinais, além da ampliação do benefício da vacinação para outros grupos prioritários e da dificuldade do alcance de coberturas adequadas na segunda dose da vacina HPV.

Resgate de adolescentes de 15 a 19 anos não vacinados

No documento, o Ministério orienta ainda a inclusão das pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR) como grupo prioritário da vacina HPV e a realização de estratégia de resgate de adolescentes de 15 até 19 anos não vacinados. Em relação a esta estratégia, a Sesa aguarda orientações técnicas do órgão para o início da busca ativa.

“É uma decisão muito importante, principalmente como estratégia de saúde pública, onde conseguiremos imunizar mais crianças e adolescentes com o mesmo quantitativo de doses. Além dos benefícios que a vacina contra HPV traz, como a possível eliminação do câncer de útero e a redução dos demais cânceres”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo.

Anteriormente, a vacina HPV era aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de seis meses entre a aplicação. No Brasil, a vacina contra HPV é fornecida pelo Instituto Butantan. Ela é quadrivalente e protege contra o HPV de baixo risco tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais, e de alto risco tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino, de pênis, anal e oral.

Com esta atualização, considerando o esquema de dose única (D1), o Espírito Santo alcançou a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, de 80% de cobertura vacinal, nos públicos feminino e masculino no ano de 2023. A cobertura de D1 em meninas foi de 93,67% e em meninos de 82,53%.

Segundo Danielle Grillo, o Programa Estadual está elaborando uma norma técnica para ser encaminhada aos municípios capixabas sobre orientações técnico-operacionais para que deem início à nova estratégia. Ela explicou ainda que crianças e adolescentes de 9 a 14 anos que já foram vacinados com uma dose da vacina HPV anteriormente, não precisam receber a segunda dose.

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